sábado, 17 de abril de 2010

pão de laranja


Ingredientes:


1 1/3 de xícara de farinha de trigo

1 1/4 de colher de chá de fermento

3 colheres de chá de raspa de casca de laranja

1/2 xícara de margarina(tire da geladeira 1 hora antes)

1/2 xícara de leite

3 colheres de sopa de açúcar

1 1/2 colher de sopa de margarina derretida

Desconhecido:

Misture a farinha de trigo e o fermento numa vasilha. Junte 1 colher de chá de raspa de laranja, acrescente a margarina aos pedacinhos e misture com duas facas até obter uma farofa. Faça uma depressão no meio e lá despeje o leite. Misture com uma colher de pau até que a massa se desprenda dos lados da vasilha e amasse umas 5 vezes, levemente, sobre uma superfície polvilhada com farinha de trigo. Com as mãos, abra a massa até obter 0,5 cm de grossura. Corte com um copo ou cortador. Coloque as rodelas numa assadeira não untada, deixando um espaço entre os pãezinhos. Misture as 2 colheres de chá de raspa de laranja restantes, o açúcar e a manteiga derretida e distribua sobre os pãezinhos. Leve ao forno

domingo, 11 de abril de 2010

Lista para chá de panela

Não existe horário específico para o chá de cozinha, podendo ser um café da manhã, um chá da tarde, um coquetel a noite ou mesmo uma janta informal. Tradicionalmente a data do chá de cozinha é marcado de 45 a 15 dias antes do casamento, e geralmente organizado pela dama de honra ou alguém mais próximo.


Pela tradição, apenas as mulheres são convidadas para o chá de panela, mas nos dias de hoje, está se tornando comum convidar também os amigos do noivo e o casal participar junto da festa, nesse caso, a chá de cozinha passa a se chamar chá bar.

Abaixo segue a nossa sugestão de lista de presentes para o chá de cozinha. Uma dica é a pessoa que estiver organizando o chá de cozinha deixar a lista em alguma loja especializada, assim, os presentes ficam padronizados e as amigas terão menos receio de comprar algo que não seja o estilo da noiva.

Lista do Chá de Panela


Abridor de garrafas

Abridor de latas

Assadeiras

Avental

Bacias de plástico

Balança

Balde de plástico

Bandejas

Batedor de carne

Batedor de ovos

Bicos de confeitar

Bule de café

Cafeteira de vidro

Capacho

Carretilha p/ massas

Carrinho de feira

Cesta de lixo

Cesta de pão

Coador de café

Coador de chá

Colheres de pau

Conchas

Concha p/ sorvete

Cortador de ovos

Cortador de queijos

Descanso de panelas

Descascador de azeitonas

Descascador de legumes

Desentupidor de pia

Destrinchador de aves

Escada

Escorredor de arroz

Escorredor de louça

Escorredor de macarrão

Escova p/ pia

Escovinha p/ migalhas

Escumadeira

Espanador

Espátula p/ queijo

Espremedor de alho

Espremedor de batatas

Espremedor de laranja

Espremedor de limão

Faca de pão

Filme plástico

Forma de pizza

Forma p/ tortas

Forminha para empadas

Frigideiras

Funil

Galheteiros

Garrafa térmica

Garrafas térmicas

Garrafas plásticas

Jogo de facas

Jogo de pirex

Latas de mantimento

Lava-copos

Leiteira

Livro de receitas

Maquina de moer

Medidor de plástico

Moedor de café

Moedor de pimenta

Papel toalha

Pá de lixo

Paliteiro

Panos de prato

Pegador de gelo

Pegador de panelas

Peneiras

Pinça de macarrão

Pincel para massas

Potes p/ geladeira

Porta óleo

Porta filtros

Porta sabão

Porta talheres

Porta temperos

Porta travessas

Pregadores

Potinhos de codimentos

Quebra-nozes

Ralador

o Regador

Rodo de pia

Rodo

Escovão

Rolo de macarrão

Saca-rolhas

Saleiro

Tabua de carnes

Tabua de frios

Talheres de salada

Tesoura p/ cozinha

Vassoura piaçaba

Vassoura de pelo

Convite verde


Convite azul


convite rosa com branco






convite rosa

Convites Chá de panela


Para imprimir em casa, fonte usada Lucila calligraphy.




Curiosidade sobre Casamento

Casamento


Você sabia que a cerimônia de casamento nasceu na Roma antiga? Todo esse ritual da noiva se vestir especialmente para a cerimônia, veio de lá e virou uma tradição.

Foi em Roma ainda que aconteceram as primeiras uniões de direito e a liberdade da mulher casar por sua livre vontade.


Chuva de Arroz

A tradição de atirar grãos de arroz sobre os noivos, após a cerimônia nupcial, teve origem na China, mais de 2000 anos antes de Cristo onde um Mandarim quis mostrar a sua riqueza, fazendo com que o casamento da sua filha se realizasse sob uma “chuva” de arroz, já que o arroz era tido como símbolo de fartura.

Séculos depois, o hábito chegaria à América e a outros lugares do mundo, significando êxito material e espiritual na nova vida. Na Roma antiga, em vez de arroz, costumava-se jogar sobre os noivos amêndoas e nozes, símbolos da fertilidade.



Flores no caminho

Os antigos romanos tinham o costume de atirar flores no trajeto da noiva, acreditando que as pétalas fariam a noiva ter sorte e dar carinho ao marido.



Flores de laranjeiras

As flores de laranjeira começaram ser usadas na Grécia antiga e significava pureza, fertilidade e felicidade nupcial.

Por isso, pouco antes da cerimônia, a noiva era presenteada pela mãe do noivo com um belo buquê dessa flor. Até hoje, muitas noivas a escolhem para compor o buquê.


Buquê

Na Grécia e na Roma antigas, o alvo preferido das solteiras não tinha apenas flores, mas também ervas e temperos. Alguns buquês eram feitos de alho para espantar os maus espíritos. As flores tinham significados próprios: a hera representava fidelidade; o lírio, a pureza; as rosas vermelhas, o amor; violetas, a modéstia; não-te-esqueças de mim, o amor verdadeiro. Flores de laranja trariam fertilidade e alegria ao casal.

Um ramo de noiva deve levar sempre mais do que uma qualidade de flores.

Grinalda

Distingue a noiva do resto dos convidados. É ainda símbolo de status e riqueza. Quanto mais luxuosa, mais poderosa é sua dona.

Véu de noiva

O uso do véu da noiva era um costume da antiga Grécia e que foi criado para proteger a noiva de mau olhado e também dos seus possíveis admiradores.

Tradicionalmente, a noiva usa um véu que cobre seu rosto porque antigamente o costume era ocultar ao noivo a vista de sua futura esposa até a hora do casamento e também porque significava submissão ao marido. Também tinha um significado especial para a mulher: separava a vida de solteira da de casada e futura mãe.


Vestido de noiva

O primeiro vestido branco foi adotado pela Rainha Vitória, no século XIX, quando se casou com seu primo, o príncipe Albert. O pedido de casamento foi feito pela apaixonada noiva, já que homem algum poderia se atrever a fazer tal proposta a uma rainha. Na antiga China e na Idade Média as noivas cobriam-se de vermelho, pois era a cor do amor.

Beijo

Muitas culturas acreditavam que quando os casais se beijavam no final da cerimônia, suas almas também eram compartilhadas.

Aliança

Representa fidelidade e a unidade perfeita, sem começo e sem fim.

O costume de usar aliança para honrar um contrato de casamento surgiu em Roma. No Egito antigo, representava a eternidade, pois não tinha começo nem fim. Assim, o homem e a mulher deveriam usá-la para formalizar o casamento. Mais tarde, quando os gregos descobriram o magnetismo, adotaram a aliança de metal, acreditando que tinha poder de atrair o coração, órgão que representa o amor. Como tradição cristã, teria surgido no século XI, quando a aliança deveria ser usada no dedo anular da mão esquerda, pois acreditava-se que haveria uma veia ligada diretamente ao coração. Aliás, ainda hoje, esse costume é praticado nos casamentos islâmicos. Esse costume se mantém entre a maioria dos povos, como no Brasil. Já na Alemanha e em outros países europeus, a aliança de casamento é usada no dedo anular direito e a de noivado, no dedo anular esquerdo.


Porque é que os anéis de noivado devem ter um diamante?

Chamam-se aos diamantes as “pedras de Venus”, a deusa do amor.

Ao longo da história, os diamantes foram associados às coisas belas e a sua misteriosa luz interior, ao fogo da paixão.

O primeiro anel de noivado com um diamante foi oferecido em 1477 por Maximiliano, da Áustria, a Maria de Burgundy. No momento do pedido de casamento, Maximiliano colocou o anel de diamantes no Terceiro dedo da mão esquerda da sua amada. Maria disse que “sim” e nasceu uma tradição.

Também há quem diga que o dedo anelar da mão esquerda tem um vaso sanguíneo com a ligação mais próxima do coração.


Usar uma coisa velha, nova, emprestada e azul no dia da cerimônia

A tradição surgiu na época Vitoriana. Geralmente, a coisa velha é uma jóia de família, um lenço ou o véu da mãe ou da avó. A nova, o vestido, serve para trazer sorte. A emprestada tem que pertencer a uma esposa feliz. A azul representa pureza e fidelidade.


Moeda no sapato da noiva

Esse antigo costume servia para acalmar a deusa Diana. Segundo crenças, ela ficava nervosa quando uma mulher perdia a virgindade. A moeda servia para lhe esfriar os ânimos.

Bem-Casado

Segundo a tradição bíblica, após criar Adão e Eva, Deus uniu-os como se fossem uma só pessoa. O bem-casado representa as duas partes que se unem e são seladas pela cumplicidade e respeito mútuo. Para se ter muita sorte nessa união, deverá ser distribuído um bem-casado a cada convidado.

Diz a lenda que todo aquele que o saborear estará sendo abençoado com a mesma sorte e felicidade. “Basta fazer um pedido, antes de dar a primeira mordida”.

• Casamento: para dar sorte ao casal e aos convidados

• Nascimento: para dar boas-vindas ao bebê desejando-lhe vida feliz e saudável.

• União de Empresas: prosperidade e fortuna.

• Debutante: para compartilhar a juventude eterna.

• Bodas: para compartilhar a união feliz e o amor eterno.

Brinde

A bebida esteve sempre relacionada com o casamento.

Nos antigos ritos, o vinho era a bebida utilizada e é referenciada na Bíblia, mas o primeiro registro de um brinde remonta a uma festa de casamento dos Saxões no ano de 450, Antes de Cristo.


Bolo de Casamento

Os bolos sempre estiveram associados aos casamentos ao longo da história.

Os romanos partilhavam um bolo confeccionado com farinha, sal e água.

O costume do “bolo da noiva” veio da França. Conta-se que um cavalheiro francês assistiu a um casamento inglês no qual o noivo e a noiva se beijavam por cima de uma mesa cheia de doces.

Voltando ao seu país, achou mais interessante, em vez de montes de doces, um só bolo modelado e confeitado.

O partir do bolo pelos noivos simboliza que eles irão repartir o futuro.


Porque o noivo deve entrar em casa com a noiva ao colo?

É dos ritos com mais difícil explicação.

Uma das tradições avisa que é azar se a noiva cair à entrada de casa.

Outra firma que o azar vai surgir se a noiva entrar em casa com o pé esquerdo.

Se o noivo a levar ao colo evitam-se estes azares.

Uma outra explicação possível remonta ao costume anglo-saxão em que o noivo roubava a noiva e carregava-a às costas.

Lua de Mel

Surgiu na Grécia e na Roma antigas. Para trazer sorte e amor eterno, os amigos e parentes dos noivos desenhavam uma lua com mel na soleira da casa dos recém-casados para dar sorte. Durante uma fase da Lua, a mãe da noiva levava todas as manhãs aos recém-casados um copo de mel, símbolo da doçura. Já entre os povos germanos, os noivos sempre optavam por se casar na Lua Nova. No final da cerimônia, bebiam uma mistura de água e mel ao luar.


Quantas mulheres podem ter os Árabes?

Não são todos os árabes que podem se casar mais de uma vez.

Os árabes cristãos não mantém tal tradição, pois são monogâmicos.

Quem pode se casar mais de uma vez são os muçulmanos, e até em número de quatro.

Atualmente, é uma prática em desuso, que cada vez mais vem sendo abolida.


Chá de cozinha

Segundo uma lenda holandesa, um moleiro pobre era apaixonado por uma rica donzela. Para ajudá-lo, seus amigos se reuniram e ofereceram a eles itens para a nova casa. Assim nasceu o famoso chá de cozinha.

sábado, 10 de abril de 2010

Almofadas com molde


Pasta de alho

1 creme de leite sem soro

1 pacote de queijo ralado

3 colheres cheia de maionese

1dente de alho grande

Orégano

Modo de fazer

Amassa o dente de alho e coloque no liquidificador junto com o creme de leite o orégano e o queijo ralado, misture todos esses ingredientes, por último coloque a maionese.

Conserve na geladeira

Torta de limão

Ingredientes da massa


 1 xícara de farinha de trigo

 1 ovo batido

 1 colher de sopa de açúcar

 1 colher de sopa de fermento em pó

 100g margarina



Ingredientes Recheio

 1 latas de leite condensado

 1 lata de creme de leite

 suco de 3 limões siciliano

 raspas de limão

 1/2 pacote de gelatina sem sabor


Ingredientes do suspiro

 4 claras

 4 colheres de sopa de açúcar


Modo de preparo

Para fazer a massa, misture todos os ingredientes até ficar homogêneo. Abra com as mãos em uma forma de fundo removível. Asse em forno pré-aquecido durante 15 minutos ou até dourar. Para fazer o recheio, misture bem os ingredientes e leve um pouco à geladeira. Para o suspiro, bata bem as claras em neve e acrescente o açúcar aos poucos.

Depois que a massa esfriar, coloque o recheio, o suspiro e raspinhas de limão. Leve ao forno rapidamente para dourar e depois para a geladeira.

O nó do afeto

Em uma reunião de Pais, numa Escola da Periferia, a Diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-Ihes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.


Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças.

Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou a explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana.

Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.

Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho a que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.

E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.

Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.

A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante.

E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazerem presentes, de se comunicarem com o filho.

Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. E o mais Importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.

Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo a um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.

É válido que nos preocupemos com nossos filhos, mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso. Para que haja a comunicação, é preciso que os filhos "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.

É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro. A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.

E você... já deu algum nó no lençol de seu filho, hoje?

Minha vida querida

Na última curva da estrada Te-ha-tá parou e olhou para o céu. As montanhas sombrias, cobertas de neve, pareciam gigantes encanecidos que vigiavam silenciosas as fronteiras do Tibete. O sol, já perto do horizonte, retardava a sua marcha como se quisesse receber as últimas preces com que os monges imploravam a misericórdia do Senhor da Compaixão.

A sombra de um vulto surgiu, sobre uma pedra, na margem da estrada. Te-ha-tá tremeu de pavor. Em seu caminho achava-se o impiedoso Han-Ru, o Anjo da Morte, o mensageiro da dor e da desolação.

O coração tem, por vezes, o dom de pressentir a desgraça. Te-ha-tá, ao avistar o Anjo da Morte, lembrou-se de sua noiva, a formosa Li-Tsen-li. Te-ha-tá dirigiu-se, pois, sem hesitar, ao mensageiro cruel do Destino.

- Han-Ru, ó gênio desapiedado! - exclamou. Que procuras aqui, quase à sombra da casa da encantadora Li-Tsen-lí? Bem sei que a tua presença vale por uma sentença de morte.

Respondeu Han-Ru, com a paciência de um enviado do Eterno:

- A tua inquietação é legítima, meu amigo. Vim a este recanto buscar a tua noiva Li-Tsen-li. Chegou, pela determinação do Destino, o termo de sua existência neste mundo. Lí-Tsen-li vai morrer!

- Piedade, Han-Ru! Piedade! - implorou Te-ha-tá. - Ela é tão jovem, e tão prendada! Deixa viver Li-Tsen-li!

O Anjo da Morte meditou em silêncio durante alguns instantes e depois, sem erguer o rosto, disse: - Sei que tens direito a uma vida longa e tranqüila; restam-te, ainda, quarenta e seis anos de vida. Poderás ceder à tua noiva a metade do tempo que te cabe, no futuro, para viver. Li-Tsen-li ficará, portanto, com direito à metade de tua vida e viverá em tua companhia, vinte e três anos. Findo esse prazo, morrerão ambos no mesmo instante? Aceitas essa proposta?

As palavras de Han-Ru fizeram hesitar o jovem Te-ha-tá. Quem, decerto, não ficaria indeciso antes de sacrificar, cedendo a outrem, a metade da própria vida?

- A tua sugestão, Han-Ru, implica uma decisão de infinita gravidade para a minha vida. Não poderei tomar uma decisão nesse sentido, sem, previamente, consultar os meus três grandes amigos. Poderás esperar que eu ouça a opinião daqueles que sempre me auxiliaram e me orientaram na vida?

- Farei como pedes, meu amigo - respondeu o Anjo da Morte. - Até o findar da noite que vai começar, aguardarei a tua palavra final. Deverás voltar, com a tua decisão, à minha presença, antes do amanhecer.

Partiu Te-ha-tá em busca dos amigos, cujos sábios conselhos pretendia ouvir. Deveria ele como noivo sacrificar a metade da sua vida para salvar das garras da Morte a criatura amada?

O primeiro amigo de Te-ha-tá era um artista tibetano de assinalados méritos. Su-Liang sabia esculpir com admirável perfeição, na pedra ou na madeira, e os seus trabalhos eram muito apreciados.

Eis como Su-Liang, o escultor, falou a Te-ha-tá:

- A vida, meu amigo, só tem sentido quando a sua finalidade é traduzida por um grande e incomparável amor. E o amor que dispensa sacrifícios e renúncias não é amor; é a expressão grotesca de um capricho vulgar. Feliz aquele que pode demonstrar a grandeza de seu coração medindo-a pela extensão de um ingente sacrifício. Pela mulher amada deve o homem sacrificar, não apenas a metade de sua vida, mas a vida inteira! Que importa, Te-ha-tá, uma existência longa, torturada pela dor de uma incurável saudade? Preferível, mil vezes, que vivas a metade de tua vida à sombra feliz do amor delicioso de tua eleita. No teu caso eu não teria hesitado, um só instante, em aceitar a proposta do terrível Han-Ru.

O segundo amigo de Te-ha-tá chamava-se Niansi. Era hábil caçador e auferia consideráveis lucros mercadejando peles.

Ao ouvir a consulta do jovem, Nian-si não se conteve.

- É uma loucura, Te-ha-tá! Onde se viu um moço, rico e cheio de saúde, sacrificar a metade da vida por causa de uma mulher? Encontrarás, pelo mundo, milhões e milhões de mulheres lindas. Aqui mesmo (no Tibete) poderás topar, em qualquer aldeia, com centenas de meninas, algumas das quais nada ficariam a dever, julgadas pelos seus predicados de graça e beleza, à tua noiva Li-Tsen-li! Desgraçada a idéia de quereres adiar o termo da existência de uma mulher com o sacrifício de vinte e tantos anos de tua vida! E quem poderá prever o futuro? Amanhã, essa mulher, arrebatada por uma nova paixão e deslembrada do sacrifício que por ela fizeste, abandonar-te-á e irá viver, nos braços de outro, a vida que é a tua própria vida! Que farás, então, vendo-a ceder a um odiento rival os dias roubados ao rosário de tua existência? Penso que não deverias ter hesitado ante a proposta descabida de Han-Ru, repelindo-a no mesmo instante.

A divergência entre os dois amigos mais fez crescer a indecisão e a incerteza no coração de Te-ha-ta.

- Vou ouvir - pensou o jovem - a opinião do prudente Kín-Sa. Só ele poderá indicar-me o caminho a seguir.

Kín-Sa, citado no Tibete como um estudioso das leis e dos ritos, assim falou ao apaixonado noivo:

- Se amas realmente Li-Tsen-li, acho que deves ceder, a essa jovem, a metade do tempo que te resta para viver. Convém, entretanto, impor uma condição. A parcela de vida, depois de cedida a Li-Tsen-li, poderá ser retomada por ti, em qualquer momento. Terás, assim, a tua tranqüilidade garantida no caso de uma infidelidade de tua futura esposa. Se ela, por qualquer motivo, não se mostrar digna de teu sacrifício, perderá o direito ao resto da vida que lhe cabia viver! Fora dessa condicional, qualquer outra solução para o caso não passaria de irremediável loucura!

E concluiu o seu conselho com estas palavras: - Fizeste bem em hesitar. A hesitação é irmã da Prudência. Só os loucos e temerários é que nunca hesitam.

Achou Te-ha-tá bastante prudente e razoável a proposta sugerida pelo douto Kin-Sa, e levou-a, sem perda de tempo, ao conhecimento de Han-Ru, o Enviado da Morte.

Han-Ru aceitou a condição imposta pelo noivo: - Está bem, Te-ha-tá. Aceito a tua proposta. A bondosa Li-Tsen-li vai viver os vinte e três anos. Esta parcela de vida não foi, porém, dada, mas sim "emprestada".

Passaram-se muitos meses. Li-Tsen-li casou-se com o jovem Te-ha-tá, e os dois eram citados como os esposos mais felizes do Tibete. Li-Tsen-li, depois do casamento, passou a chamar-se Ti-long-li, vocábulo que significa "minha vida querida".

Um dia, afinal, Te-ha-tá foi obrigado a fazer uma longa viagem para além das fronteiras de sua terra. Deixou Ti-long-li e seu filhinho, que já contava algumas semanas, em companhia de seus pais.

Quando regressou, tempos depois, teve a surpresa de encontrar os seus três amigos que o aguardavam na entrada da pequena povoação.

- Onde está Ti-long-li? - perguntou, ansioso, aos amigos. - Por que não veio? Estará doente? Que aconteceu à Ti-long-li ?

Disse um dos amigos:

- Enche de ânimo e de coragem o teu coração, ó Te-ha-tá ! Uma grande desgraça, há três dias, caiu sobre a tua vida!

- Desgraça? - repetiu, aflito, Te-ha-tá. - horrível esta angústia! Vamos! Quero saber a verdade! Onde está Ti-long-li?

- Morreu!

- Morreu! - gritou Te-ha-tá, desesperado. - Não é possível! Não podia morrer! Eu sacrifiquei por ela, metade de minha vida!

E Te-ha-tá, dominado pela dor e revoltado pelo infortúnio de haver perdido a sua esposa querida, entrou a blasfemar como um possesso, contra o Senhor da Compaixão. Erguia os braços para o céu; rolava, por vezes, sobre a terra. Insultava o nome do Criador. Os amigos afastaram-se, cautelosos. Era preciso deixar o infeliz Te-ha-tá dar plena expansão à indizível angústia que lhe esmagava o coração.

Em dado momento Te-ha-tá viu surgir diante de si a figura de Han-Ru, o Anjo da Morte.

- Han-Ru! - bradou, num tom de incontido rancor. - Faltaste com a tua palavra. Que fizeste de Ti-long-li?

- Escuta, Te-ha-tá - respondeu Han-Ru. - Preciso dizer-te a verdade, para que não continues a blasfemar desse modo. A tua esposa deveria viver vinte e três anos. Um dia, porém, o seu filhinho adoeceu gravemente. O pequenino ia morrer. Que fez a tua esposa? Pediu, em preces, que a sua vida fosse dada ao filhinho enfermo para que ele pudesse viver! Salvou-se o teu filho, mas tua esposa morreu!

E, ante a estupefação de Te-ha-tá, o Anjo da Morte concluiu:

- E enquanto tu, como noivo, hesitaste em ceder a metade de tua vida, ela, mãe extremosa, não hesitou um segundo em dar, pelo filhinho, a vida inteira!



Do livro Minha Vida Querida (Os segredos da alma feminina nas lendas do oriente), de MALBA TAHAN

Os Três Conselhos

Um casal de jovens recém casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez uma proposta à esposa:

- Querida eu vou sair de casa e vou viajar para bem distante, arrumar um emprego e trabalhar até que eu tenha condições de voltar e dar a você uma vida mais digna e confortável.

Não sei quanto tempo vou ficar longe de casa, só peço uma coisa: que você me espere e, enquanto eu estiver fora, seja fiel a mim que eu serei fiel a você.

Assim sendo o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudar em sua fazenda.

Ele se ofereceu para trabalhar, e foi aceito. Sendo assim, le propôs um pacto ao patrão:

- Patrão eu peço só uma coisa para o Senhor. Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que eu devo ir embora o Senhor me dispensa das minhas obrigações. Não quero receber o meu salário. Quero que o Senhor o coloque na poupança até o dia que eu sair daqui. No dia em que eu sair o Senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho.
Tudo combinado, aquele jovem trabalhou muito, sem férias e sem descanso.

Depois de vinte anos ele chegou para o seu patrão e lhe disse:

- Patrão eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa.

O patrão então lhe disse:

- Tudo bem, nós fizemos um pacto e eu vou cumprir, só que antes eu quero lhe fazer uma proposta. Curioso ele pregunta qual a proposta e seu patrão lhe diz:

- Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora ou eu lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora. Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos não lhe dou o dinheiro. Vai pro seu quarto, pensa e depois me dá a resposta.

O rapaz pensou durante dois dias depois procurou o patrão e lhe disse:

- Eu quero os três conselhos.

- Se eu lhe der os conselhos eu não lhe dou o dinheiro.

- Eu quero os conselhos.

O patrão então lhe falou:

1º "Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida";

2º " Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal";

3º " Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais";

Após dar os três conselhos o patrão disse ao rapaz que já não era tão jovem assim:

- Aqui você tem três pães, dois são para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com a sua esposa quando chegar em sua casa.

O rapaz seguiu o seu caminho de volta para casa, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava. Andou durante o primeiro dia e encontrou um viajante que o cumprimentou e lhe perguntou:

- Pra onde você vai?

- Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada.

- Rapaz, esse caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez vezes menor e você vai chegar em poucos dias.

O rapaz ficou contente e começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho do seu patrão: "Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida".

Então voltou e seguiu o seu caminho. Dias depois ele soube que aquilo era uma emboscada.

Depois de alguns dias de viagem, achou uma pensão na beira da estrada onde pôde hospedar-se. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor e muito barulho. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para sair. Quando lembrou do segundo conselho: "Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal". Voltou, deitou-se e dormiu.

Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que sim

- Então por que não ver o que era, não ficou curioso?

Ele disse que não. Então o hospedeiro lhe falou:

- Você é o único que sai vivo daqui, um louco gritou durante a noite e quando os hóspede saia ele o matava.

O rapaz seguiu seu caminho e depois de muitos dias e noites de caminhada, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça da sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta da sua esposa.

O dia estava escurecendo, mas ele pode ver que a sua esposa não estava só.

Andou mais um pouco e viu que ela tinha sentado no colo de um homem a quem estava acariciando os cabelos.

Ao ver aquela cena o seu coração se encheu de ódio e amargura e ele decidiu matar os dois sem piedade.

Apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho: "Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais". Então ele parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo. Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse:

- Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes eu quero dizer para a minha esposa que eu fui fiel a ela. Dirigiu-se à porta da casa e bateu.



Ao abrir a porta esposa reconhece o seu marido e se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue, tamanha a felicidade dela. Então com lágrimas ele lhe diz:

- Eu fui fiel a você e você me traiu.

- Como? -e ainda espantada diz- Eu não lhe traí, o esperei durante esses vinte anos.

- E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?

- Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora eu descobri que estava grávida e hoje ele está com vinte anos de idade.

Então ele conheceu e abraçou seu filho, contou-lhes toda a sua história enquanto a esposa preparava o café e sentaram-se para tomar o café e comer o último pão.

Após a oração de agradecimento e lágrimas de emoção ele parte o pão, e ao parti-lo, ali estava todo o seu dinheiro...!


Autor desconhecido